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Falso Positivo no Governo Temer

  • 08/06/2017

Num momento da história política brasileira de revisão e de revogação de direitos sociais penosamente conquistados, sob argumento de suprimir privilégios e de racionalizar e atualizar as relações de trabalho e o direito à seguridade, um momento de minimização dos que, por muito menos do que valia e vale seu trabalho à luz da riqueza que criaram, carregaram nos ombros, até aqui, a pesada cruz do desenvolvimento econômico brasileiro; num momento como este  o tema da injustiça não se pode ser deixado de lado. A injustiça social é ardilosa e dissimulada sob argumentos que a apresentam como justa e necessária à saúde da economia.” (José de Souza Martins. Injustiça e conformismo. 12/05/2017 – Valor Econômico)

 

O governo Michel Temer continua agonizando, sangrando à cada denúncia, prisão de seus assessores diretos e amigos de longa data no PMDB. Nesta primeira semana de junho de 2016, na antessala do julgamento de seu mandato e inegibilidade de Dilma Rousseff, a prisão do “deputado da mala” – Rocha Loures (PMDB-PR), do ex-Ministro e ex-Presidente da Câmara dos Deputados – Henrique Alves (PMDB-RN), são provas cabais da morte política de um governo transitório-corrompido e degenerado. Uma ponte que se transformou na pinguela e ruiu na construção de agenda futura para o Brasil. Toda crise política tem um custo econômico.

Na tentativa de construir uma “agenda positiva” e demonstrar uma “normalidade” neste governo agonizante, o Presidente Temer e seu Ministro Henrique Meirelles  lançaram mal do artificio muito utilizado para animadores de auditório – vender alegria para colher aplausos, nas mídias sociais foi “decretado o fim da recessão mais longa e duradoura” da republiqueta.

Os dados antecedentes  fixados na 207ª Ata do COPOM – Comitê de Política Monetária , publicada em 06/06/2017, já descrevia a falácia de um governo sabujo em estágio terminal “ A economia segue operando com alto nível de ociosidade dos fatores de produção, refletido nos baixos índices de utilização da capacidade da indústria e, principalmente, na taxa de desemprego.”  Em síntese,  o Governo e seu “Dream Team” da ortodoxia tentava vender uma agenda reformista que estava colocando o Brasil nos trilhos!! (sic).

Diante de uma crise político-institucional que potencializou a desconfiança da sociedade brasileira e sua base parlamentar após a delação da JBS, demonstrando uma incúria jamais vista na lógica republicana brasileira, o Presidente tenta demonstrar segurança nos indicadores econômicos.

O propalado crescimento econômico do primeiro trimestre é uma peça de festim, sendo desmentido por análise mais apuradas de todos os economistas. Na avaliação antecedente, continuamos com uma retração econômica do PIB  pelo 12º. Trimestre consecutivo (-0,4%)  – iniciado em 2014. O consumo das famílias retraiu (-1,9%), o consumo do governo (-1,3%),  o investimento teve uma contração -3,7%.  O cenário é um caminho de estagnação sem precedentes num cenário de crise política, econômica e social.

O Congresso Nacional tenta desesperadamente apresentar uma agenda para andamento de Reformas que atacam direitos, e,  no final das contas continua promovendo uma blindagem temporária para um governo cambaleante,  inflacionando o preço de seu apoio com desgaste político. É um festival de renúncias fiscais, refinanciamentos e compra de apoios. Realmente, o caldo desandou neste governo, com ministros desesperados em manter o foro privilegiado no festival de delações.

Nesta conjuntura política, a ideia de normalidade não é mais que um “placebo” para um governo em metástase,  com dados que indicam o aprofundamento da recessão. Porém,  o mercado já precificou o custo da instabilidade política em governos corruptos – quer minimamente a Reforma Trabalhista para entregar o salvo conduto de Michel Temer.

Afinal, o Presidente que pretendia ser um REFORMISTA, não passou de um ARRIVISTA TEMPORÁRIO E SERVIL AOS DESEJOS DOS AGENTES DE MERCADO.

Por Eduardo Guerini

 

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  • 08/06/2017

Num momento da história política brasileira de revisão e de revogação de direitos sociais penosamente conquistados, sob argumento de suprimir privilégios e de racionalizar e atualizar as relações de trabalho e o direito à seguridade, um momento de minimização dos que, por muito menos do que valia e vale seu trabalho à luz da riqueza que criaram, carregaram nos ombros, até aqui, a pesada cruz do desenvolvimento econômico brasileiro; num momento como este  o tema da injustiça não se pode ser deixado de lado. A injustiça social é ardilosa e dissimulada sob argumentos que a apresentam como justa e necessária à saúde da economia.” (José de Souza Martins. Injustiça e conformismo. 12/05/2017 – Valor Econômico)

 

O governo Michel Temer continua agonizando, sangrando à cada denúncia, prisão de seus assessores diretos e amigos de longa data no PMDB. Nesta primeira semana de junho de 2016, na antessala do julgamento de seu mandato e inegibilidade de Dilma Rousseff, a prisão do “deputado da mala” – Rocha Loures (PMDB-PR), do ex-Ministro e ex-Presidente da Câmara dos Deputados – Henrique Alves (PMDB-RN), são provas cabais da morte política de um governo transitório-corrompido e degenerado. Uma ponte que se transformou na pinguela e ruiu na construção de agenda futura para o Brasil. Toda crise política tem um custo econômico.

Na tentativa de construir uma “agenda positiva” e demonstrar uma “normalidade” neste governo agonizante, o Presidente Temer e seu Ministro Henrique Meirelles  lançaram mal do artificio muito utilizado para animadores de auditório – vender alegria para colher aplausos, nas mídias sociais foi “decretado o fim da recessão mais longa e duradoura” da republiqueta.

Os dados antecedentes  fixados na 207ª Ata do COPOM – Comitê de Política Monetária , publicada em 06/06/2017, já descrevia a falácia de um governo sabujo em estágio terminal “ A economia segue operando com alto nível de ociosidade dos fatores de produção, refletido nos baixos índices de utilização da capacidade da indústria e, principalmente, na taxa de desemprego.”  Em síntese,  o Governo e seu “Dream Team” da ortodoxia tentava vender uma agenda reformista que estava colocando o Brasil nos trilhos!! (sic).

Diante de uma crise político-institucional que potencializou a desconfiança da sociedade brasileira e sua base parlamentar após a delação da JBS, demonstrando uma incúria jamais vista na lógica republicana brasileira, o Presidente tenta demonstrar segurança nos indicadores econômicos.

O propalado crescimento econômico do primeiro trimestre é uma peça de festim, sendo desmentido por análise mais apuradas de todos os economistas. Na avaliação antecedente, continuamos com uma retração econômica do PIB  pelo 12º. Trimestre consecutivo (-0,4%)  – iniciado em 2014. O consumo das famílias retraiu (-1,9%), o consumo do governo (-1,3%),  o investimento teve uma contração -3,7%.  O cenário é um caminho de estagnação sem precedentes num cenário de crise política, econômica e social.

O Congresso Nacional tenta desesperadamente apresentar uma agenda para andamento de Reformas que atacam direitos, e,  no final das contas continua promovendo uma blindagem temporária para um governo cambaleante,  inflacionando o preço de seu apoio com desgaste político. É um festival de renúncias fiscais, refinanciamentos e compra de apoios. Realmente, o caldo desandou neste governo, com ministros desesperados em manter o foro privilegiado no festival de delações.

Nesta conjuntura política, a ideia de normalidade não é mais que um “placebo” para um governo em metástase,  com dados que indicam o aprofundamento da recessão. Porém,  o mercado já precificou o custo da instabilidade política em governos corruptos – quer minimamente a Reforma Trabalhista para entregar o salvo conduto de Michel Temer.

Afinal, o Presidente que pretendia ser um REFORMISTA, não passou de um ARRIVISTA TEMPORÁRIO E SERVIL AOS DESEJOS DOS AGENTES DE MERCADO.

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