Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

JABUTI NÃO SOBE EM ÁRVORE: se esta lá é porque o PL 2.830/2019 quer enfraquecer quem luta pelos seus direitos

  • 15/05/2025

Aproveitando um momento de escândalos e confusão, um projeto desfigurado ameaça o sistema confederativo, a força dos sindicatos e o futuro dos trabalhadores da educação e da cultura.

Esse ditado popular, simples e certeiro, é o ponto de partida para entendermos um movimento silencioso, mas extremamente perigoso, que ameaça diretamente os direitos de quem vive pela manutenção de direitos e qualidade do seu trabalho. E, neste caso, o jabuti está inserido no Projeto de Lei nº  2.830/2019, em tramitação no Senado Federal.

Originalmente, esse projeto tratava da regulamentação de protestos de decisões trabalhistas. Mas o que era para ser um debate técnico foi desfigurado: adicionaram um “jabuti legislativo” que tenta, sem debate com os trabalhadores, atacar o direito à sustentação financeira das entidades sindicais.

 

Oportunismo e desinformação: uma verdadeira cortina de fumaça

Esse projeto desfigurado ameaça o sistema confederativo, a força dos sindicatos e o futuro dos trabalhadores da educação e cultura. Enquanto o país discute fraudes no INSS, faz associações indevidas entre sindicatos sérios e descontos indevidos de aposentados, aproveitam o escândalo para colocar em votação uma proposta que enfraquece exatamente quem realmente representa o trabalhador.

De forma sorrateira, querem empurrar a ideia de que a oposição à contribuição assistencial, decorrente da negociação coletiva e da conquista de benefícios  que não estão na legislação, pode ser feita via WhatsApp,  sem a presença do trabalhador na assembleia, que é o espaço legítimo e democrático para a tomada de decisões coletivas. Quando na verdade deveriam se prender apenas ao fato de que o tema em questão do PL reporta-se ao fato de que decisão judicial transitada em julgado poderá ser levada a protesto, gerar inscrição no nome do executado em órgãos de proteção ao crédito ou no Banco Nacional de Devedores Trabalhistas (BNDT) depois de transcorrido o prazo de 15 dias. Porém, diante de 22 laudas, apenas 3 delas referem-se ao tema principal do Projeto de Lei. O restante preocupa-se em acoplar o tema a respeito da contribuição assistencial e o direito de oposição, sem o devido curso legal para tanto e sem apresentar as necessidades da presença em assembleia.

 

Por que a assembleia importa?

Estar presente em uma assembleia não é apenas ouvir discursos. É um ato de cidadania ativa.
É nesse ambiente que você luta não só pelos seus interesses mas também pelos interesses de toda a categoria. É neste momento que, dentre outros:
•se apresentam os benefícios conquistados (reajustes acima da inflação do salário, maior prazo para licença maternidade, plano de saúde, auxílio escola e etc);
•se esclarecem as exigências da categoria e o que está em negociação;
•se avalia se o sindicato é atuante ou não. E se não for, é ali que se cobra;
•se compreende que há direitos que só existem porque alguém lutou por eles e que esse mesmo alguém precisa de meios financeiros para continuar existindo e oferecendo o serviço prestado de qualidade.
Ficar de fora da assembleia é renunciar à voz, a escuta e o voto. É também renunciar a luta pelos seus próprios direitos.
A questão não se limita ao direito de oposição, mas diz respeito à pressão para que o trabalhador não exerça seus direitos e, mesmo assim, colha os frutos de acordos e convenções coletivas. Sem o custeio o sistema confederativo não sobreviverá e consequentemente as negociações também não.

A armadilha da oposição via WhatsApp:

O Supremo Tribunal Federal (STF) julgou constitucional a instituição, por acordo ou convenção coletiva, de contribuição assistenciais para todos os empregados da categoria, inclusive os não sindicalizados.

Uma oposição permitida sem presença em assembleia cria brecha perigosa, um ambiente de pressão disfarçado, que induz o trabalhador a se opor sem saber o que está em jogo, sem consciência dos benefícios conquistados ao longo do ano. Benefícios que inclusive justificam o valor irrisório da contribuição.

Além disso, esse modelo compromete a continuidade do sistema confederativo, que permanece atuante, mas com recursos cada vez mais escassos.

A oposição, nos termos propostos no “jabuti”, equivale a receber um serviço, se beneficiar dele e recusar o pagamento, ignorando a coletividade. É a lógica do “quero os direitos, mas que o outro pague por eles”.

Imagine um aluno que assiste às aulas, é aprovado no vestibular e, ao ser questionado sobre contribuir com o professor, responde:

“Não, obrigada. Eu usei, me beneficiei, mas não quero pagar.”

Ou alguém que vai ao um show, se emocionou, sorri, a alma e ao final diz:

“Agradeço muito. Mas não acho justo pagar por ter sorrido e me emocionado.”

É exatamente isso que a oposição nos termos do PL: uma decisão por impulso, sem reflexão, sem escuta e sem vivência coletiva.

 

Um ataque ao sistema e não só ao sindicato

A proposta fragiliza a representação coletiva, porque transforma a contribuição em algo meramente opcional. Como se direitos coletivos fossem produtos de prateleira.
O sistema sindical não se sustenta sozinho. Atacar o seu custeio é um retrocesso e uma afronta à decisão do STF. Querem vender à sociedade a ideia de que se está “flexibilizando o direito de oposição”, quando o verdadeiro objetivo é asfixiar a liberdade sindical e
demolir o sistema confederativo.

 

O que esta em jogo é muito maior

O sistema confederativo é o que organiza, une e fortalece sindicatos de base em todo o Brasil. É ele quem viabiliza:
  • apoio jurídico coletivo,
  • campanhas nacionais,
  • acordos em massa,
  • articulação com o Congresso,
  • formação de dirigentes.
Não se engane! É o sistema confederativo que leva a sua voz até os centros de decisões. E grandes conquistas não são feitas por WhatsApp, nem em silêncio, muito menos sob manipulação.
Se todos se retiram, não sobra ninguém para lutar.
Jabuti não sobe em árvore. E quem colocou ali, não foi para proteger a floresta — fez para derrubar a estrutura.
O que está em jogo é o direito de ser representado, de negociar e de resistir.
Não dá para pedir socorro ao sindicato depois de cortar o fio que o sustenta.
A conta não fecha. O risco é absurdo. E o prejuízo é de quem trabalha.

O que fazer agora?

A CNTEEC, ao lado das confederações que compões o Fórum Sindical do Trabalhadores, se posicionam com firmeza e urgência contra ataque disfarçado. contra esse ataque disfarçado.
O PL 2.830/2019 não pode ser aprovado da forma como está.

Participe das assembleias. Pergunte. Ouça. Vote com consciência.

Abaixo a nota de repúdio em seu inteiro teor:

Últimas notícias

CNTEEC apoia essa oportunidade de emprego e valorização do setor AUDIOVISUAL

Você sabia que um novo projeto de lei pode abrir milhares de vagas e fortalecer a cultura no Brasil? O PL 378/2025 propõe a prorrogação…
Ler mais...

CNTEEC no STF: uma luta pela verdade nas Relações de Trabalho

A CNTEEC acaba de dar um passo decisivo na defesa dos trabalhadores da educação e da cultura. Estamos ingressando como amicus curiae no Recurso Extraordinário…
Ler mais...

Em Defesa da Arte, Contra a Pejotização dos Artistas!

A CNTEEC – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Educação e Cultura – por seu Presidente Tarcísio Melo, vem a público manifestar sua profunda…
Ler mais...

JABUTI NÃO SOBE EM ÁRVORE: se esta lá é porque o PL 2.830/2019 quer enfraquecer quem luta pelos seus direitos

  • 15/05/2025

Aproveitando um momento de escândalos e confusão, um projeto desfigurado ameaça o sistema confederativo, a força dos sindicatos e o futuro dos trabalhadores da educação e da cultura.

Esse ditado popular, simples e certeiro, é o ponto de partida para entendermos um movimento silencioso, mas extremamente perigoso, que ameaça diretamente os direitos de quem vive pela manutenção de direitos e qualidade do seu trabalho. E, neste caso, o jabuti está inserido no Projeto de Lei nº  2.830/2019, em tramitação no Senado Federal.

Originalmente, esse projeto tratava da regulamentação de protestos de decisões trabalhistas. Mas o que era para ser um debate técnico foi desfigurado: adicionaram um “jabuti legislativo” que tenta, sem debate com os trabalhadores, atacar o direito à sustentação financeira das entidades sindicais.

 

Oportunismo e desinformação: uma verdadeira cortina de fumaça

Esse projeto desfigurado ameaça o sistema confederativo, a força dos sindicatos e o futuro dos trabalhadores da educação e cultura. Enquanto o país discute fraudes no INSS, faz associações indevidas entre sindicatos sérios e descontos indevidos de aposentados, aproveitam o escândalo para colocar em votação uma proposta que enfraquece exatamente quem realmente representa o trabalhador.

De forma sorrateira, querem empurrar a ideia de que a oposição à contribuição assistencial, decorrente da negociação coletiva e da conquista de benefícios  que não estão na legislação, pode ser feita via WhatsApp,  sem a presença do trabalhador na assembleia, que é o espaço legítimo e democrático para a tomada de decisões coletivas. Quando na verdade deveriam se prender apenas ao fato de que o tema em questão do PL reporta-se ao fato de que decisão judicial transitada em julgado poderá ser levada a protesto, gerar inscrição no nome do executado em órgãos de proteção ao crédito ou no Banco Nacional de Devedores Trabalhistas (BNDT) depois de transcorrido o prazo de 15 dias. Porém, diante de 22 laudas, apenas 3 delas referem-se ao tema principal do Projeto de Lei. O restante preocupa-se em acoplar o tema a respeito da contribuição assistencial e o direito de oposição, sem o devido curso legal para tanto e sem apresentar as necessidades da presença em assembleia.

 

Por que a assembleia importa?

Estar presente em uma assembleia não é apenas ouvir discursos. É um ato de cidadania ativa.
É nesse ambiente que você luta não só pelos seus interesses mas também pelos interesses de toda a categoria. É neste momento que, dentre outros:
•se apresentam os benefícios conquistados (reajustes acima da inflação do salário, maior prazo para licença maternidade, plano de saúde, auxílio escola e etc);
•se esclarecem as exigências da categoria e o que está em negociação;
•se avalia se o sindicato é atuante ou não. E se não for, é ali que se cobra;
•se compreende que há direitos que só existem porque alguém lutou por eles e que esse mesmo alguém precisa de meios financeiros para continuar existindo e oferecendo o serviço prestado de qualidade.
Ficar de fora da assembleia é renunciar à voz, a escuta e o voto. É também renunciar a luta pelos seus próprios direitos.
A questão não se limita ao direito de oposição, mas diz respeito à pressão para que o trabalhador não exerça seus direitos e, mesmo assim, colha os frutos de acordos e convenções coletivas. Sem o custeio o sistema confederativo não sobreviverá e consequentemente as negociações também não.

A armadilha da oposição via WhatsApp:

O Supremo Tribunal Federal (STF) julgou constitucional a instituição, por acordo ou convenção coletiva, de contribuição assistenciais para todos os empregados da categoria, inclusive os não sindicalizados.

Uma oposição permitida sem presença em assembleia cria brecha perigosa, um ambiente de pressão disfarçado, que induz o trabalhador a se opor sem saber o que está em jogo, sem consciência dos benefícios conquistados ao longo do ano. Benefícios que inclusive justificam o valor irrisório da contribuição.

Além disso, esse modelo compromete a continuidade do sistema confederativo, que permanece atuante, mas com recursos cada vez mais escassos.

A oposição, nos termos propostos no “jabuti”, equivale a receber um serviço, se beneficiar dele e recusar o pagamento, ignorando a coletividade. É a lógica do “quero os direitos, mas que o outro pague por eles”.

Imagine um aluno que assiste às aulas, é aprovado no vestibular e, ao ser questionado sobre contribuir com o professor, responde:

“Não, obrigada. Eu usei, me beneficiei, mas não quero pagar.”

Ou alguém que vai ao um show, se emocionou, sorri, a alma e ao final diz:

“Agradeço muito. Mas não acho justo pagar por ter sorrido e me emocionado.”

É exatamente isso que a oposição nos termos do PL: uma decisão por impulso, sem reflexão, sem escuta e sem vivência coletiva.

 

Um ataque ao sistema e não só ao sindicato

A proposta fragiliza a representação coletiva, porque transforma a contribuição em algo meramente opcional. Como se direitos coletivos fossem produtos de prateleira.
O sistema sindical não se sustenta sozinho. Atacar o seu custeio é um retrocesso e uma afronta à decisão do STF. Querem vender à sociedade a ideia de que se está “flexibilizando o direito de oposição”, quando o verdadeiro objetivo é asfixiar a liberdade sindical e
demolir o sistema confederativo.

 

O que esta em jogo é muito maior

O sistema confederativo é o que organiza, une e fortalece sindicatos de base em todo o Brasil. É ele quem viabiliza:
  • apoio jurídico coletivo,
  • campanhas nacionais,
  • acordos em massa,
  • articulação com o Congresso,
  • formação de dirigentes.
Não se engane! É o sistema confederativo que leva a sua voz até os centros de decisões. E grandes conquistas não são feitas por WhatsApp, nem em silêncio, muito menos sob manipulação.
Se todos se retiram, não sobra ninguém para lutar.
Jabuti não sobe em árvore. E quem colocou ali, não foi para proteger a floresta — fez para derrubar a estrutura.
O que está em jogo é o direito de ser representado, de negociar e de resistir.
Não dá para pedir socorro ao sindicato depois de cortar o fio que o sustenta.
A conta não fecha. O risco é absurdo. E o prejuízo é de quem trabalha.

O que fazer agora?

A CNTEEC, ao lado das confederações que compões o Fórum Sindical do Trabalhadores, se posicionam com firmeza e urgência contra ataque disfarçado. contra esse ataque disfarçado.
O PL 2.830/2019 não pode ser aprovado da forma como está.

Participe das assembleias. Pergunte. Ouça. Vote com consciência.

Abaixo a nota de repúdio em seu inteiro teor:

Últimas notícias

Palavra do Presidente – Correção da Tabela do Imposto de Renda Já.

Por: OSWALDO AUGUSTO DE BARROS; Feliz ano novo a todos! Encerra-se 2016 em meio a muitas polêmicas e incertezas, abalando a população brasileira. Carnaval passou,…
Ler mais...

MENSAGEM DE NATAL E ANO NOVO

Na data magna da cristandade, fazemos deste momento o emissário de nossas palavras. Fazemos das nossas palavras a expressão sincera de nosso pensamento. Fazemos do…
Ler mais...

13º SALÁRIO – 30 de novembro é o prazo para pagamento da 1ª parcela – Benefício tem papel importante na economia

O pagamento do 13º salário é um dos momentos mais esperados pelos trabalhadores, afinal de contas sempre é bom ter um dinheiro a mais na…
Ler mais...