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O Trem Descarrilhado de Temer

  • 01/06/2017

Com apoio e reputação corroídos, o governo Temer é agora refém do Congresso Nacional, parte do qual compactuou durante anos com a podridão mais podre. É esse Congresso que prenuncia o destino das reformas: uma reforma da Previdência mais “enxuta”, dizem. Talvez apenas a aprovação da idade mínima para a aposentadoria, ensaiam. (Monica de Bolle, OESP/31/05/2017)

O governo Michel Temer completou um ano de transição, momento que pretendia lançar apostas para o futuro, com uma agenda “reformista” que tinha como principal objetivo, retomar o controle das contas públicas, controlar a inflação, retomando o crescimento econômico revertendo o quadro e desemprego que assola o Brasil desde 2014.

No interregno entre um processo de impeachment e mais uma fase da Operação Lava Jato, ministros foram substituídos, parlamentares foram denunciados, as principais lideranças dos grandes partidos políticos da coligação de apoio estão envolvidas no turbilhão da delação da JBS.  Um verdadeiro abatedouro de reputações e desmascaramento de personalidades políticas.

No seu breve período, o Presidente Michel Temer foi tragado pela lógica do presidencialismo de coalizão, e, envolvido em rumorosas transações contra o combate a corrupção.  Não somente travou o processo político-econômico, como inverteu as expectativas dos agentes econômicos na agenda conservadora que estava em curso, as reformas trabalhista e previdenciária subiram o telhado.

A Operação Lava Jato escancarou as relações promíscuas entre o setor privado com o setor público. Tal modelo é característico do “capitalismo de compadrio” que se instalou na republiqueta brasilis, descrito classicamente por Raymundo Faoro, como patrimonialismo de Estado.  Nenhum governante desde a transição democrática tratou de combater o personalismo nas ações estatais, a promíscua e incestuosa relação com os blocos de poder, e, substantivamente, a degradação da representação política e gestão pública sob a batuta de Michel Temer, resultou nesta ruidosa crise institucional. É o primeiro presidente a ser investigado e interrogado pelo STF – Supremo Tribunal Federal.

Na tentativa de superar o abalo das delações da JBS, o Presidente e seu séquito ministerial em tentativa para assegurar a manutenção do poder, trata de reforçar aos agentes econômicos, ao mercado e investidores, que a agenda de reformas, não é uma política de governo, é uma política do Estado.

Com apoio da mídia que regurgita diuturnamente a necessidade da reforma trabalhista e previdenciária, do Congresso Nacional corrompido, sob a condução de Presidentes da Câmara e Senado servis e subservientes, tenta impor uma agenda rejeitada olimpicamente por toda a sociedade brasileira.

O cenário é aterrador, as afirmativas que a equipe econômica é insubstituível para conduzir as REFORMAS, o “dream team” da ortodoxia econômica segue produzindo resultados sociais preocupantes. A comemoração com a queda da inflação deixa a margem a nova onda recessiva que se aproxima no governo ilegítimo, fraco e inoperante. A suposta retomada do crescimento econômica é confrontada em nova estatística que aponta para um desemprego aberto de 14 milhões de brasileiros.

Os brasileiros atônitos seguem desesperançados observando a disputa de facções políticas que lutam para manter um quinhão na pilhagem ao Estado brasileiro. Os corruptos e corruptores se digladiam em contendas jurídico-politicas. Mas, os verdadeiros condenados na conjuntura atual, são os desempregados e deserdados no capitalismo periférico caboclo conduzido por coronéis e saqueadores premiados pelo foro privilegiado.

Neste vácuo político, seria o momento dos movimentos sociais protagonizarem caminhos para superação da crise, para não acabar na perigosa alternativa populista e oportunista.
Por Eduardo Guerini

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Com apoio e reputação corroídos, o governo Temer é agora refém do Congresso Nacional, parte do qual compactuou durante anos com a podridão mais podre. É esse Congresso que prenuncia o destino das reformas: uma reforma da Previdência mais “enxuta”, dizem. Talvez apenas a aprovação da idade mínima para a aposentadoria, ensaiam. (Monica de Bolle, OESP/31/05/2017)

O governo Michel Temer completou um ano de transição, momento que pretendia lançar apostas para o futuro, com uma agenda “reformista” que tinha como principal objetivo, retomar o controle das contas públicas, controlar a inflação, retomando o crescimento econômico revertendo o quadro e desemprego que assola o Brasil desde 2014.

No interregno entre um processo de impeachment e mais uma fase da Operação Lava Jato, ministros foram substituídos, parlamentares foram denunciados, as principais lideranças dos grandes partidos políticos da coligação de apoio estão envolvidas no turbilhão da delação da JBS.  Um verdadeiro abatedouro de reputações e desmascaramento de personalidades políticas.

No seu breve período, o Presidente Michel Temer foi tragado pela lógica do presidencialismo de coalizão, e, envolvido em rumorosas transações contra o combate a corrupção.  Não somente travou o processo político-econômico, como inverteu as expectativas dos agentes econômicos na agenda conservadora que estava em curso, as reformas trabalhista e previdenciária subiram o telhado.

A Operação Lava Jato escancarou as relações promíscuas entre o setor privado com o setor público. Tal modelo é característico do “capitalismo de compadrio” que se instalou na republiqueta brasilis, descrito classicamente por Raymundo Faoro, como patrimonialismo de Estado.  Nenhum governante desde a transição democrática tratou de combater o personalismo nas ações estatais, a promíscua e incestuosa relação com os blocos de poder, e, substantivamente, a degradação da representação política e gestão pública sob a batuta de Michel Temer, resultou nesta ruidosa crise institucional. É o primeiro presidente a ser investigado e interrogado pelo STF – Supremo Tribunal Federal.

Na tentativa de superar o abalo das delações da JBS, o Presidente e seu séquito ministerial em tentativa para assegurar a manutenção do poder, trata de reforçar aos agentes econômicos, ao mercado e investidores, que a agenda de reformas, não é uma política de governo, é uma política do Estado.

Com apoio da mídia que regurgita diuturnamente a necessidade da reforma trabalhista e previdenciária, do Congresso Nacional corrompido, sob a condução de Presidentes da Câmara e Senado servis e subservientes, tenta impor uma agenda rejeitada olimpicamente por toda a sociedade brasileira.

O cenário é aterrador, as afirmativas que a equipe econômica é insubstituível para conduzir as REFORMAS, o “dream team” da ortodoxia econômica segue produzindo resultados sociais preocupantes. A comemoração com a queda da inflação deixa a margem a nova onda recessiva que se aproxima no governo ilegítimo, fraco e inoperante. A suposta retomada do crescimento econômica é confrontada em nova estatística que aponta para um desemprego aberto de 14 milhões de brasileiros.

Os brasileiros atônitos seguem desesperançados observando a disputa de facções políticas que lutam para manter um quinhão na pilhagem ao Estado brasileiro. Os corruptos e corruptores se digladiam em contendas jurídico-politicas. Mas, os verdadeiros condenados na conjuntura atual, são os desempregados e deserdados no capitalismo periférico caboclo conduzido por coronéis e saqueadores premiados pelo foro privilegiado.

Neste vácuo político, seria o momento dos movimentos sociais protagonizarem caminhos para superação da crise, para não acabar na perigosa alternativa populista e oportunista.
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